terça-feira, 21 de junho de 2011

Ler para o bebê, SIM!




Nunca é cedo demais para começar o incentivo à leitura. Mas só vale mesmo se for algo feito junto, despretensiosamente e com prazer.


Uma das perguntas mais frequentes que os pais fazer à revista "CRESCER", quando o assunto é incentivo à leitura com bebês, é: Mas que tipo de livro eu posso ler pra ele?".
Querem saber se vale histórias compridas, se os contos de fadas já são adequados... Afinal, ele vai entender ou não o que estamos contando? Para responder, há uma frase que soa quase como um tabu*. Para um bebê até por volta de 1 ano, não importa o conteúdo da história. Ele pode até não compreender o
dilema da princesa, quantos animais estão na fazenda ou dimensionar o tamanho da floresta: mas já sente o prazer em escutar.
A partir daí, há uma troca importante: a interação entre adulto e bebê. É por meio da modulação de seu tom de voz, da interpretação que você está dando à história que seu bebê vai conhecer o mundo. Assim também nasce a aquisição de linguagem e a construção do pensamento. A experiência, então, fica na memória. "O bebê reúne a maneira de falar da mãe e essa informação sensorial vai criando o que chamamos de 'marcas' no cérebro dele", diz a fonoaudióloga Erika Parlato-Oliveira, professora-adjunta da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e diretora científica do Instituto Langage, ONG* sediada em São Paulo que trabalha questões relacionadas à linguagem. E como isso faz parte do desenvolvimento, deve acontecer da maneira m
ais natural possível. "Não precisa ficar mostrando as palavras isoladas para a criança. No mundo não é assim, a gente não aprende assim e nem seria interessante para ninguém" afirma a psicóloga Ana Carolina Carvalho, que trabalha há 11 anos com formação de educadores em incentivo à leitura.
As ilustrações - e aprender a lê-las - são fundamentais nesse incentivo. E não estamos falando apenas dos livros-brinquedos (que têm mesmo mais a função de brincar com a criança), mas da sensibilização da criança a essa arte, inclusive. Chamam mais atenção as ilustrações grandes, muito coloridas ou edições com formatos diferentes, por exemplo. "Mas deve-se oferecer livros com ilustrações bem trabalhadas, que não sejam [obvias, vão além da história e, sobretudo, sem estereótipos." Afirma
Ana Carolina.
"Também na leitura das imagens não devemos nunca menosprezar a capacidade da criança."
Há quem defenda a leitura em voz alta como prática desde a gestação. Na casa da jornalista e escritora Alessandra Roscoe, os resultados disso ela vê na relação com os três filhos - Beatriz, 12 anos, Felipe, 8, e Luísa, 5 - apaixonados por livros. "Fortaleceu o vínculo entre eles. A Bia e o Felipe tiravam par ou ímpar para ver quem iria contar a 'história da barriga do dia'", diz Alessandra, que promove oficinas de leituras para crianças, idosos e casais grávidos em Brasilia, onde mora. "A partir da 23ª semana de gestação, o bebê ouve o que acontece fora do útero e consegue processar uma leitura feita pela mãe", afirma Erika, que organiza em julho deste ano o II Seminário Internacionar Transdisciplinar sobre Bebê, em Paris.

Vocabulário:
*Tabu: Algo sagrado/inviolável.
*ONG: Organização Não Governamental.


O QUE LER, COMO LER...

Poesias, histórias de repetição, tudo que envolva mais musicalidade ou puxe sua garra por contar uma história está valendo. "As diferentes formas de leitura, as pausas, o virar das páginas, a mudança de um parágrafo, ensinam o bebê a lidar com os momentos de silêncio mas que são em sua maioria cheios de sentidos. Bebês adoram brincar de esconder, é um meio de elaborar as ausências. Quando adquirem a destreza motora, adoram virar as páginas e descobrir o que virá e o que se foi", diz Karina Bonalume, psicóloga com especialização em clínica interdisciplinar com bebês, pela PUC-SP. Portando, não esperem nem mais um minuto e divirtam-se"


E Na prática...

Na hora de apresentar um livro, escolhas histórias curtas, mas que tenham um enredo que você também goste.

Prepare o ambiente, coloque o bebê no colo e conte a história sem pressa


Bebês adoram histórias com repetição. grandes ilustrações, poemas e brincadeiras com palavras.

Embora conheçam tudo com as mãos e a boca, não quer dizer que só precise ser de plástico para não estragar. Vá, aos poucos, ensinando que livro não se põe na boca, não se rabisca, nem rasga...


Comprei hoje a revista "Crescer" de junho. Que todos os meses traz matérias interessantíssimas. Hoje, postei aqui pra vocês, a importância da leitura. Ao meu ver, a leitura com o bebê, estimula a capacidade da criança, estimula a leitura individual, à inteligência e principalmente faz com que ele tenha o prazer de criar histórias na imaginação, o que constrói a infância: OS SONHOS!
Nas próximas postagens trarei os "30 melhores livros infantis do ano" para que vocês possam aperfeiçoar esse hábito incrível com o filhote ou a filhota.
Espero que tenham gostado.
Boa noite,
Jovem amor materno.




Fonte: Revista CRESCER
Texto: Cristiane Rogerio e Marina Vidigal

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